sábado, 11 de junho de 2011

Das coisas que eu não tenho a resposta

Estou certa de que soo muito mais triste do que realmente estou. Estou bem e feliz mas não estou 100% satisfeita... Será que em algum momento da vida nos sentimos 100% satisfeitos? Ou será que um tantinho de insatisfação é o que nos motiva? Tenho dentro de mim uma inquietude que me diz que preciso de novas grandes mudanças... e isso implica importantes decisões.

Essa fase introspectiva e de muita reflexão me deixa assim... mais melodramática que o de costume. Peço desculpas antecipadas.

Além disso, definitivamente não sou uma otimista nata! Sou daquelas que se esforçam para ser pelo menos um pouquinho otimista. Para mim, otimismo é exercício que envolve treino e esforço... Morro de inveja das pessoas otimistas de natureza que em tudo vêem um lado bom e sempre têm certeza de que tudo vai dar certo! Eu não... Sou complicada e passional... Sofro com as incertezas, tenho medo delas e fico tentando adivinhar o futuro - ou ter algum controle sobre ele! Tudo em vão, claro...

Aliás, eu ainda não cheguei a uma conclusão satisfatória sobre o assunto "futuro", mas acredito que somos fruto de um plano, o qual alguns chamam de destino, que vai se consumando, ou não, dependendo de nossas escolhas - o livre arbítrio. Não faz sentido para mim que algo vai acontecer independentemente da escolhas que fizermos. Não consigo mais acreditar em um destino inexorável que nada nos permite mudar. Mas também não posso negar que não existem apenas coincidências no mundo... Algumas coisas estavam previstas em nossas vidas... Existem experiências pelas quais temos que e vamos passar. Sei lá, de repente uma vida de sucesso poderia ser definida pelo tanto de escolhas acertadas que fazemos e que nos mantêm próximos desse plano que havia sido traçado para nós - o destino.

E como saber se estamos fazendo a escolha certa? Não sei. E, provavelmente se soubesse, hoje eu seria uma rica guru de auto-ajuda. :) Já me disseram que não existe escolha certa, existe a melhor escolha que você poderia fazer naquele momento e dentro daquele contexto... E acho que é mais ou menos por aí... Se um dia a escolha deixa de ser a certa, você só vai descobrir mais tarde, munido de informação extra e novos acontecimentos decorrentes dessas escolhas prévias. De fato, se não formos impulsivos demais e colocarmos os prós e contras na balança, a escolha que fazemos é de certa forma a escolha certa para aquele momento... E talvez por isso não valha muito a pena se arrepender das escolhas que se fez um dia! Ainda que no presente elas não tenham trazido os resultados que você esperava, no momento em que optamos por elas, elas continham em si a promessa de que trariam! Faz sentido?!

Contudo, isso não me impede de me entristecer com o meu próprio julgamento e de como eu posso me enganar sobre as pessoas... Acho que eu as idealizo demais. E aposto alto demais. Me empenho tanto em ver o melhor das pessoas que às vezes enxergo mais do que elas realmente são ou têm a oferecer... Definitivamente farei anotações mentais para ser mais cautelosa no futuro! Em geral, gostamos de que vejam o nosso melhor lado - ficamos envaidecidos. O problema é que às vezes não temos coragem de mostrar ao próximo que não somos assim tão perfeitos como por ora estamos sendo julgados... E daí começa a confusão. Não correpondemos a altas expectativas que são criadas e acabamos por magoar aqueles que só bons olhos tinham para nós.

Depois de um tempo, é horrível olhar para alguém que muito se amou um dia e não enxergar absolutamente nada do que havia despertado tanta afeição. O que mudou? O amor? Ou quem mudou? Eu? A pessoa? Provavelmente um pouco de cada coisa mas é triste perceber que exageramos e acabamos por amar muito mais um ser idealizado do que uma pessoa real. É triste perceber que as pessoas se utilizam disso para sentirem-se amadas e queridas e uma vez mais auto-confiantes, partem sem olhar para trás. É triste perceber que existe tanto desencontro nessa vida... É triste perceber que às vezes persistimos no erro - e que o outro também escolhe cometer os mesmos erros... É trsite perceber que as antigas escolhas deixaram de ser, num novo contexto, as certas.

Bem, acho que no fim é a soma dessas experiências e reflexões (também conhecidos como tombos e conquistas) que nos torna mais perseverantes e mais capazes de fazer as escolhas mais acertadas. Assim eu espero.

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