domingo, 13 de abril de 2008

Sobre a capacidade de se doar

Estive pensando muito nisso ultimamente: a prática da capacidade de se doar. Após uma tentativa mal sucedida de reprimir um sentimento, me ocorreu que não havia nada errado em eu "sentir" e definitivamente reprimir não era nem necessário nem a opção mais saudável... É um exercício difícil e que em muitos momentos vai despertar em você uma vontade louca de jogar tudo para o alto e brigar com a vida, mas pense comigo... A capacidade de se doar é das coisas mais bonitas do ser humano. Conseguir exercer isso em sua plenitude não deveria ser visto como defeito, erro ou fragilidade, mas antes como amor dos mais puros porque doar-se exige força e perseverança. Não, nem sempre a resposta (ou retribuição) virá de onde você deseja. A vida é assim. Mas se você conseguir preservar essa capacidade, sem permitir que mágoa, medo ou ressentimento cresçam no seu coração, você estará espalhando amor e eventualmente esse amor voltará para você - basta ter a famosa paciência. Coisas boas acontecem a pessoas boas - sim, eu acredito em praticar o bem. Agora, quanto a esperar... definitivamente não sou boa nisso! Mas sou boa em tentar... Eu sou uma adepta da filosofia de tentativas. Por muito tempo na minha vida eu cultivei o medo de demonstrar meus sentimentos porque acreditava que isso me deixaria mais vulnerável. Vi que era perda de tempo... Amor nunca é desperdício e não te deixa mais vulnerável e sim mais forte (ainda que isso lhe custe um tanto de lágrimas). Se você ama alguém, deixe que a pessoa saiba para que não seja amor em vão... Ela não te ama de volta? Ora! Pelo menos o seu amor serviu para te mostrar a sua linda capacidade de se doar, de amar. Acredite, isso não é pouco!! Um dia todo esse amor há de voltar para você... believe! Sou capaz de praticar tudo o que estou dizendo?? Nem sempre, mas eu tento. Choro, sofro, gasto uma pequena fortuna pendurada no telefone com as amigas... mas me rendo ao poder de cura do tempo, espero as feridas cicatrizarem, me levanto, dou uma sacudida na poeira e tento de novo. Tentei, tento e continuarei tentando... No caminho vou colhendo algumas boas surpresas (ainda que passageiras... o que é eterno nessa vida?) e sempre me surpreendo com a minha capacidade de me doar. E quer saber?! Eu me orgulho muito dela!

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