quarta-feira, 26 de março de 2008

Sobre amar...

Paciência. Resignação. Generosidade. Práticas nem sempre fáceis da vida adulta principalmente quando se está apaixonado. Sempre me amedrontou o "estar apaixonado" porque se tudo que é bom fica melhor, mais especial, mais significativo... por outro lado tudo que é ruim fica pior, mais triste, mais definitivo. Como é díficil ser paciente e esperar pelas respostas. Como é difícil aceitar com resignação as respostas dadas quando elas não são as esperadas. Como é difícil ser generoso e pensar nos motivos do outro, no bem do outro, antes de pensar em si mesmo. O amor mais puro, mais desprendido, aquele que é dado sem se esperar nada em troca, bem, este deve ser apenas o amor de mãe... Todos os outros amores devem ser mundanos e baseados na troca. Amamos porque queremos ser amados. Felizes os que são correspondidos! Mas reconheço que se todos os amores fossem correspondidos o mundo seria bem menos interessante - ainda que mais fácil. Por que de que matéria seriam feitos os livros e as canções de amor?! Porque a inspiração do amor correspondido vem da dificuldade em realizá-lo... da busca persistente, todos os degraus subidos, todas as lágrimas vertidas, todos os planos desfeitos - e refeitos. Mas é preciso aprender a amar. Aprender a gostar de si mesmo antes de gostar do outro. Aprender a se dar espaço para respeitar o espaço do outro. Aprender a aceitar o amor que nos é dado. E, principalmente, aprender que pode levar muitas tentativas antes do seu amor encontrar amor de volta. E, às vezes, por mais difícil que pareça, é preciso se perder para se encontrar, soltar as amarras do barco e deixar a correnteza levar. Assim, naturalmente.

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